Salmos 121.8: “O Senhor guardará a tua saída e a tua entrada, desde agora e para sempre.”
Mezuzah, em hebraico, significa “umbral”.
Trata-se de um símbolo profético que, geralmente, é fixado nos umbrais das portas, para nos lembrar, ao entrar e ao sair dos ambientes, que a nossa proteção vem do Senhor, pois Ele é o guardião eterno de Israel.
Deuteronômio 6.6 a 9 e 24: “Estas palavras que, hoje, te ordeno estarão no teu coração; tu as inculcarás a teus filhos, e delas falarás assentado em tua casa, e andando pelo caminho, e ao deitar-te, e ao levantar-te. Também as atarás como sinal na tua mão, e te serão por frontal entre os olhos. E as escreverás nos umbrais de tua casa e nas tuas portas. O Senhor nos ordenou cumpríssemos todos estes estatutos e temêssemos o Senhor, nosso Deus, para o nosso perpétuo bem, para nos guardar em vida, como tem feito até hoje.”
Também é um artefato da cultura judaica que contem um pequeno rolo de pergaminho, no qual estão escritas as passagens bíblicas de Deuteronômio 6.4 a 9 e 11.13 a 21 – conhecidas como "Shemá" e "Vehaiá". Tratam-se de promessas e leis instituídas pelo Senhor.
Até hoje, a Mezuzah é colocada nos umbrais de todas as entradas de estabelecimentos, templos e residências dos judeus, a sete palmos da altura do chão, sempre apontada para a parte interna do local, a 45º, para que fique à altura dos olhos.
Em sua jornada, desde o processo de libertação da escravidão do Egito, eles aderiram a simbologias para diferenciá-los dos outros povos, como uma estratégia de preservação.
O primeiro fato ocorreu antes da 10ª e última praga, que consistiu na destruição de todos os primogênitos.
Moisés foi instruído a pedir para que cada família hebreia sacrificasse um cordeiro. O sangue dele foi colocado nos umbrais das casas de todos os judeus, como uma forma de protegê-los do anjo da morte, que invadiu as demais residências.
Enlutado e ciente de que não poderia mais desafiar a ira divina, o Faraó, então, liberta definitivamente o povo hebreu da escravidão.
Este ato também marcou a celebração da primeira Páscoa – “Pessach”, que, no hebraico, significa “passagem”. Assim, eles finalmente iniciam sua jornada rumo à Terra Prometida.
Êxodo 12.1 a 13: “Disse o Senhor a Moisés e a Arão na terra do Egito: Este mês vos será o principal dos meses; será o primeiro mês do ano. Falai a toda a congregação de Israel, dizendo: Aos dez deste mês, cada um tomará para si um cordeiro, segundo a casa dos pais, um cordeiro para cada família. 4Mas, se a família for pequena para um cordeiro, então, convidará ele o seu vizinho mais próximo, conforme o número das almas; conforme o que cada um puder comer, por aí calculareis quantos bastem para o cordeiro.
O cordeiro será sem defeito, macho de um ano; podereis tomar um cordeiro ou um cabrito; 6e o guardareis até ao décimo quarto dia deste mês, e todo o ajuntamento da congregação de Israel o imolará no crepúsculo da tarde. Tomarão do sangue e o porão em ambas as ombreiras e na verga da porta, nas casas em que o comerem; naquela noite, comerão a carne assada no fogo; com pães asmos e ervas amargas a comerão. Não comereis do animal nada cru, nem cozido em água, porém assado ao fogo: a cabeça, as pernas e a fressura.
Nada deixareis dele até pela manhã; o que, porém, ficar até pela manhã, queimá-lo-eis. Desta maneira o comereis: lombos cingidos, sandálias nos pés e cajado na mão; comê-lo-eis à pressa; é a Páscoa do Senhor. Porque, naquela noite, passarei pela terra do Egito e ferirei na terra do Egito todos os primogênitos, desde os homens até aos animais; executarei juízo sobre todos os deuses do Egito. Eu sou o Senhor. O sangue vos será por sinal nas casas em que estiverdes; quando eu vir o sangue, passarei por vós, e não haverá entre vós praga destruidora, quando eu ferir a terra do Egito.”
O sangue do cordeiro consagrado na primeira Páscoa também é uma referência ao sangue de Jesus Cristo, que nos purifica de todos os pecados e nos protege da ação do anjo da morte.
João 1.29: “No dia seguinte, viu João a Jesus, que vinha para ele, e disse: Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo!”
Hebreus 10.10: “Nessa vontade é que temos sido santificados, mediante a oferta do corpo de Jesus Cristo, uma vez por todas.”
1 Pedro 1.18 a 21: “...sabendo que não foi mediante coisas corruptíveis, como prata ou ouro, que fostes resgatados do vosso fútil procedimento que vossos pais vos legaram, mas pelo precioso sangue, como de cordeiro sem defeito e sem mácula, o sangue de Cristo, conhecido, com efeito, antes da fundação do mundo, porém manifestado no fim dos tempos, por amor de vós que, por meio dele, tendes fé em Deus, o qual o ressuscitou dentre os mortos e lhe deu glória, de sorte que a vossa fé e esperança estejam em Deus.”
Outro fato que marcou a história do povo judeu ocorreu durante o processo de conquista de Jericó, durante a liderança de Josué, sucessor de Moisés.
Ele enviou alguns espias para ajudá-lo a traçar uma estratégia. Para que não fossem descobertos, Raabe, uma moradora da cidade que ficou conhecida pelos seus trabalhos como prostituta cultual, hospeda-os em sua casa. Depois daquele encontro, ela se converte ao Senhor.
Para que Raabe e os familiares dela fossem preservados durante a invasão de Jericó, os espias a aconselham a manter no umbral de sua janela o mesmo cordão vermelho que fora usado para que eles saíssem daquela casa e, assim, passassem despercebidos pelo exército inimigo.
Josué 2.15 a 19: “Ela, então, os fez descer por uma corda pela janela, porque a casa em que residia estava sobre o muro da cidade. E disse-lhes: Ide-vos ao monte, para que, porventura, vos não encontrem os perseguidores; escondei-vos lá três dias, até que eles voltem; e, depois, tomareis o vosso caminho.
Disseram-lhe os homens: Desobrigados seremos deste teu juramento que nos fizeste jurar, se, vindo nós à terra, não atares este cordão de fio de escarlata à janela por onde nos fizeste descer; e se não recolheres em casa contigo teu pai, e tua mãe, e teus irmãos, e a toda a família de teu pai. Qualquer que sair para fora da porta da tua casa, o seu sangue lhe cairá sobre a cabeça, e nós seremos inocentes; mas o sangue de qualquer que estiver contigo em casa caia sobre a nossa cabeça, se alguém nele puser mão.”
Hebreus 11.30 e 31: “Pela fé, ruíram as muralhas de Jericó, depois de rodeadas por sete dias. Pela fé, Raabe, a meretriz, não foi destruída com os desobedientes, porque acolheu com paz aos espias.”
Aquele cordão também simboliza o sangue de Cristo, que nos purifica dos erros do passado e nos dá uma nova história.
Romanos 8.1: “Agora, pois, já nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus.”
2 Coríntios 5.17: “Assim que, se alguém está em Cristo, nova criatura é; as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo.”
Raabe se casou e formou uma família. O filho dela, Boaz, foi o resgatador e marido de Rute e bisavô do rei Davi – linhagem da qual veio Jesus.
Hoje, a aplicação da Mezuzah não se trata de uma tradição religiosa, mas da compressão do motivo pelo qual o Senhor ordenara que fosse feito desta maneira.
Trata-se, conforme mencionamos acima, de um ato profético, uma reivindicação estratégica no mundo espiritual de habilitação e conquista para vivermos de acordo com os preceitos e promessas do Senhor contidos nas passagens bíblicas mencionadas. Ou seja, não é um amuleto.
A Mezuzah que, na Igreja Renascer em Cristo, é também utilizada como símbolo da proteção divina e do nosso amor por Ele e traz, em seu pergaminho, a passagem bíblica de Deuteronômio 6.4 e as bênçãos de Deuteronômio 28, que se cumprem na vida daqueles que estabelecem uma aliança com o Deus de Israel.
Deuteronômio 28.1 a 14: “Se atentamente ouvires a voz do SENHOR, teu Deus, tendo cuidado de guardar todos os seus mandamentos que hoje te ordeno, o SENHOR, teu Deus, te exaltará sobre todas as nações da terra. Se ouvires a voz do SENHOR, teu Deus, virão sobre ti e te alcançarão todas estas bênçãos: Bendito serás tu na cidade e bendito serás no campo. Bendito o fruto do teu ventre, e o fruto da tua terra, e o fruto dos teus animais, e as crias das tuas vacas e das tuas ovelhas.
Bendito o teu cesto e a tua amassadeira. Bendito serás ao entrares e bendito, ao saíres. O SENHOR fará que sejam derrotados na tua presença os inimigos que se levantarem contra ti; por um caminho, sairão contra ti, mas, por sete caminhos, fugirão da tua presença. O SENHOR determinará que a bênção esteja nos teus celeiros e em tudo o que colocares a mão; e te abençoará na terra que te dá o SENHOR, teu Deus.
O SENHOR te constituirá para si em povo santo, como te tem jurado, quando guardares os mandamentos do SENHOR, teu Deus, e andares nos seus caminhos. E todos os povos da terra verão que és chamado pelo nome do SENHOR e terão medo de ti. O SENHOR te dará abundância de bens no fruto do teu ventre, no fruto dos teus animais e no fruto do teu solo, na terra que o SENHOR, sob juramento a teus pais, prometeu dar-te.
O SENHOR te abrirá o seu bom tesouro, o céu, para dar chuva à tua terra no seu tempo e para abençoar toda obra das tuas mãos; emprestarás a muitas gentes, porém tu não tomarás emprestado. O SENHOR te porá por cabeça e não por cauda; e só estarás em cima e não debaixo, se obedeceres aos mandamentos do SENHOR, teu Deus, que hoje te ordeno, para os guardar e cumprir. Não te desviarás de todas as palavras que hoje te ordeno, nem para a direita nem para a esquerda, seguindo outros deuses, para os servires.”
Ela possui a letra “Shin” do alfabeto hebraico, para representar as palavras “shaar” e “shomer”, que significam “O Guarda da Porta”; o Sol, que é o símbolo da Renascer, representando o tempo de Deus; Jerusalém, que é a única cidade celestial e as escadarias do Templo, representando nós, que somos templo do Espírito Santo.
Redação
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