Como a neurociência pode nos ajudar na quarentena? Este foi o tema central abordado pela Dra. Rosana Alves, em um bate-papo esclarecedor com a Bispa Sonia Hernandes.
A especialista começou explicando que a neurociência nos ajuda a compreender – sob uma perspectiva biológica – como o nosso sistema nervoso central funciona e pode afetar nossos sentimentos e comportamentos.
Em relação ao estresse, que muitas pessoas têm associado ao confinamento, a especialista afirmou que também possui seus efeitos positivos.
“Estresse são forças que trazem impactos físicos e emocionais. Se o efeito será positivo ou não, dependerá da intensidade desta força e da estrutura do ‘corpo’ que a recebe. Por exemplo, os exercícios são uma ‘força estressante’ que trazem aspectos positivos ao organismo, desde que o individuo esteja preparado para este impacto”, explicou.
Ela também explicou que, como sociedade, enfrentamos as seguintes fases:
Quando recebemos a notícia de que existe uma força desconhecida e ameaçadora
Nesta etapa, nosso corpo libera substâncias, como a adrenalina, que é o neurotransmissor responsável por ‘preparar’ nosso organismo para possíveis eventos. Em outras palavras, deixa-nos em ‘alerta’.
Essas substâncias, em uma escala equilibrada, ajudam-nos a manter o foco.
A do confinamento compulsório, que traz a necessidade de lidarmos com as incertezas
Quando ocorre uma mudança drástica de rotina, tendemos a ficar frustrados e preocupados, pois nossos planos foram adiados ou, simplesmente, anulados.
Ficar preocupado, principalmente nesta fase, é normal. Mas, quando a frustração tende a se transformar em uma depressão ou a preocupação em ansiedade, precisamos reagir.
O perigo está em deixarmos nossas demandas emocionais destruírem relacionamentos e outras áreas. Por exemplo, quando transformamos a crise financeira em crise conjugal.
Precisamos ter consciência de que “a tempestade é para todos, mas nem todos estão no mesmo barco.”. Cada um possui estruturas emocionais, físicas, financeiras e familiares diferentes.
A Dra. nos aconselha, neste período, a estabelecer uma rotina diária e mantermos a casa limpa e organizada. “Um ambiente desorganizado afeta negativamente nossa saúde mental e emocional”, conscientizou.
A especialista também destacou que lidar com as incertezas é um dos nossos maiores desafios. Neste sentido, há duas reações extremas: a da banalização – quando agimos como se a doença não existisse – e o desespero – quando já nos sentenciamos à morte.
Para encontrarmos o ponto de equilíbrio, a especialista aconselha: “Não ficar checando as notícias sobre esta situação o tempo todo e ter disciplina! Precisamos investir na qualidade do nosso sono, da nossa alimentação e, principalmente, dos nossos relacionamentos!”.
As consequências
Ela explicou que está cientificamente comprovado que a espiritualidade é extremamente eficiente, pois aumenta nossa capacidade física, mental e emocional para enfrentarmos qualquer crise.
“A fé nos sustenta e nos faz sair das situações mais fortalecidos e experientes! A fé transforma o desespero em esperança!”, declarou ela.
A Dra. destacou também que é essencial despertarmos nosso espírito solidário. “Todos nós somos filhos de Deus. Ou seja, um depende do outro! Quando fazemos a diferença para o próximo, nosso cérebro libera uma série de substâncias que aumentam o nível de satisfação pessoal”, destacou.
Para finalizar, ela afirmou: “A crise revela quem realmente somos! Precisamos definir o que realmente é essencial e o que, de fato, é dispensável! Que seja um tempo de reflexão e de revemos nossa escala de prioridades! Podemos sair desta tempestade muito melhores!”.
Acompanhe, a seguir, a live na íntegra:
Redação
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